BRIGAM AS COMADRES ...
O
episódio do pagamento de 75 milhões de reais à Construtora Andrade
Gutierrez e o subsequente empurra-empurra de responsabilidades, via
mídia, entre as principais lideranças políticas do Estado é uma
bela amostra das perversidades com que nossos governantes tratam Mato
Grosso do Sul. Provavelmente os dois estão certos, pois, como diz o
ditado, "quando brigam as comadres, é aí que se sabem as
verdades".
O
fato concreto é que o pedrismo e aqueles que se esgotam no
anti-pedrismo são duas faces da mesma moeda. Produziram o que de
bom e ruim existe em nosso Estado, e a resultante dessa intervenção
foi a transformação de uma unidade federativa, que nasceu para ser
modelo, em um Estado insolvente, que só exibe vitalidade,
interesseira, nos anos eleitorais.
Fora
disso, nenhum foi capaz de gerar um projeto de desenvolvimento
consistente e duradouro. Ao contrário dos estadistas, pensaram
apenas em seus períodos de governo, quando tanto. Brigam como
patronos do futuro, mas representam as formas mais antigas de
governar e de fazer política.
O
resultado disso é um Estado com péssimo serviço público,
estagnado na sua economia, com sérios problemas de infra-estrutura e
com uma sociedade desiludida.
Mato
Grosso do Sul, entretanto, tem jeito, desde que troque suas
lideranças e inaugure um novo processo político que se inspire na
sociedade e com esta compartilhe, democraticamente, os objetivos e
as responsabilidades.
Um
belo exemplo de mudança, no qual podemos nos inspirar, é o do
Ceará. De um Estado dos mais problemáticos, na região mais
problemática do Brasil, transformou-se hoje em uma referência
nacional. Após derrotar as oligarquias, Tasso Jereissati e Ciro
Gomes são hoje líderes de um Estado que ganha prêmios
internacionais na educação, na assistência à infância, na saúde
pública.
Isso
foi possível porque forjaram um projeto de longo prazo, com a
participação direta da sociedade, através do Pacto de Cooperação
do Ceará. A partir disso, foram transformando ameaças em
oportunidades, resolvendo os problemas das diversas cadeias
produtivas e animando os agentes econômicos e sociais para o salto
do desenvolvimento.
Aqui
em Mato Grosso do Sul está posta a necessidade e a possibilidade de
ousadia semelhante. Quebrar cadeias e, com responsabilidade,
construir uma nova política capaz de gerar desenvolvimento e renovar
esperanças
FAUSTO
MATTO GROSSO
Presidente
do PPS/MS
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