O DESAFIO DA MUDANÇA E DA INTEGRAÇÃO REGIONAL
Pela
primeira vez em nossa história política a esquerda vai,
efetivamente, disputar o poder em Mato Grosso do Sul. Não se trata
mais de lançar cadidatos para acumular força ou simplesmente para
eleger deputados. Essa etapas já estão cumpridas. A última
eleição municipal, na capital, mostrou o inconformismo e o
potencial renovador do eleitorado bem como os sinais claros de
esgotamento da política tradicional.
No
interior do Estado também pode ser sentida uma grande unidade da
opinião pública
Em
torno da idéia da renovação das lideranças políticas. Claro
está para nós que a esquerda, sozinha, não pode se considerar dona
desse sentimento. Nosso desafio é o de construir uma ampla
articulação capaz de juntar lideranças representativas de um amplo
leque ideológico, que vá do centro até a esquerda, para viabilizar
a força político-eleitoral que nos credencie como alternativa de
poder. Temos consciência de que esse bloco precisa ser maior do que
a esquerda, mas também a convição de que ele não serrá capaz de
renovar a política, se a esquerda dele estiver ausente.
Não
deverá ser também um bloco ou uma frente contra quem quer que seja,
mas sim uma alternativa nova, constrúida em torno de eixos
programáticos claros e sintonizados com as aspirações da
população. Eficiência e moralização do poder público, política
de fomento ao desenvolvimento sustentado e compromisso com o resgate
da dívida social são algumas dessas questões aglutinadoras.
Essa
articulação, nascida no seio da esquerda, atrai a atenção e a
simpatia de inúmeras lideranças políticas e deverá provocar, até
o final deste mês importantes deslocamentos, rumo a esse campo, do
que há de melhor na política estadual.
Não
se trata de movimento para viabilizar uma ou outra candidatura
pré-fabricada, mas sim uma articulação plural, capaz de trabalhar
a unidade em torno do nome que melhor representar o sentimento de
mudança da população e que tiver melhor competitividade eleitoral.
Hoje o PT tem o nome do deputado Zeca. O PPS tem o nome de
Carmelino Rezende, atual presidente da OAB. Muitas outras
alternativas poderão surgir com as novas adesões aos partidos da
nossa aliança, que inclui também o PSB, PV, PMN, PcdoB e PAN com
possibilidades de vir a incluir ainda outros partidos democráticos.
Daí
o desafio de dar uma abrangência estadual ao PPS e aos outros
partidos do nosso campo. Os nossos esforços tem se dirigido, em
especial, ao Bolsão, território onde toda a esquerda se encontra
fragilizada no aspecto organizativo. A atual viagem do deputado Zeca
do PT à região, prende-se também a essa realidade.
A
geografia, a história, a economia e a tradição cultural tem
afastado o Bolsão de uma integração maior à política estadual,
situação inconcebível, principalmente na época da globalização
e da comunicação instantânea. As novas condições de integração
possibilitadas pela recepção local dos sinais da televisão
sul-mato-grossense ajudam nessa integração.
Os
moradores de Paranaíba, Cassilândia, Três Lagoas, Aparecída do
Tabuado, Chapadão, Costa Rica e outros municípios terão mais
facilidade para saber quem é quem na política sul-mato-grossense.
Terão a possibilidade de constatar que existe em nosso Estado uma
política de esquerda moderna, responsável e competitiva
eleitoralmente. Perceberão que a mesmo sensação de se sentirem
fraudados pela política dos velhos caciques, existe também em todas
as outras regiões de Mato Grosso do Sul.
Frizamos
também que o espaço aberto pela esquerda na região estará
disponível às lideranças locais, que esperamos, cada vez mais
integradas ao nosso esforço, inclusive com mandatos populares
conquistados nas urnas de 98, para construirmos um outro destino
político para Mato Grosso do Sul,
FAUSTO
MATTO GROSSO
Presidente
Regional do PPS
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