CONJUNTURA E ELEIÇÕES
Estamos
vivendo no País um momento de mudanças. As reformas propostas pelo
governo e sustentadas no Congresso Nacional por uma folgada base
parlamentar, não coincidem, em grande parte, com aquelas pelas
quais, há muito tempo, luta o PPS. Muitas delas inclusive
representam graves atentados a direitos sociais duramente
conquistados.
Entretanto
não há como fugir à agenda das reformas, pois não se fará
qualquer mudança significativa no País, se não houver coragem para
participar das discussões, questionando, debatendo, apresentando
alternativas e cumprindo assim o papel histórico da esquerda. O
papel que o PPS tem procurado desempenhar é o de um partido de
oposição ao governo, mas que que mudar o Pais e a sociedade. Nesta
medida não tem somado às iniciativas que tentam fazer coincidir a
oposição ao governo com a oposição à qualquer tipo de mudanças,
.postura essa que tem levado certos setores da esquerda a se
confundir com forças conservadoras e imobilistas.
Desta
forma, nossa pequena bancada no Congresso tem procurado apresentar
propostas alternativas (como no caso da Reforma da Previdência), que
possam ajudar a aglutinar a esquerda democrática e faze-la partícipe
do processo de reformas.
Porém
nossa grande debilidade, em termos de representação parlamentar e
política, tem impedido que consigamos construir um pólo articulador
da esquerda moderna e combativa e a partir dele aglutinar amplamente
o campo democrático.. É com esta visão que enfrentaremos o
desafio das eleições de 96. Nossa grande política, precisa de um
grande partido, operando na sociedade e nos parlamentos.
Construi-lo
a partir dos municípios, onde verdadeiramente ocorrem os problemas
vividos pela população, é o desafio que lançamos aos companheiros
reunidos no último final de semana.
FAUSTO
MATTO GROSSO
Presidente
do PPS/MS
12/02/96
Nenhum comentário:
Postar um comentário