P C B NA TV
(Jornal
do Brasil Central – 21/07/91 )
(Jornal
da Cidade –21/07/91 )
(Jornal
O Pantaneiro – 21/07/91)
“O
Brasil pode ter outro destino – mais democrático e progressista.
Com nossas inquietações, esperanças e vontades curtidas nas lutas
pelas liberdades e contra as injustiças e privilégios, nós
brasileiros podemos construir um país rico e desenvolvido, justo e
pacífico, republicano, pluralista e socialista, num mundo que
queremos mais fraternal e de paz, equilibrado e protegido na sua
ecologia”. (Fausto Matto Grosso – 9 Congresso do PCB ).
Pelo
vídeo e pelas ondas do rádio o PCB anunciou, na quinta-feira
passada, a sua nova política definida em recente congresso.
O
acesso direto a milhões e milhões de brasileiros , propiciado pelo
horário do TSE, foi importante para romper o bloqueio e a
desinformação sobre o moderno pensamento da esquerda.
Isto
porque as informações divulgadas nos meios de comunicação de
massa, a respeito do 9 Congresso, tiveram suas análises centradas
em questões menores, como a não mudança do nome e símbolo, ou
simplesmente fizeram crônicas do cotidiano das disputas internas,
deixando de fazer o registro mais propriamente político. Afinal o
PCB sempre definiu políticas, bem maiores do que a sua expressão
orgânica ou eleitoral, que acabaram influenciando a vida
brasileira.
Saindo
na frente em relação aos demais partidos da esquerda, o PCB
apresentou sua análise sobre a crise do socialismo, dela tirando
importantes conclusões teóricas e práticas. Analisou também as
transformações em curso no mundo capitalista e a crise brasileira ,
lançando seu programa estratégico e sua orientação tática para a
busca do socialismo com liberdade e democracia, bem como submetendo
aos brasileiros as linhas gerais de sua proposta de enfrentamento da
grave situação do país. É certo que as posições adotadas pelo
PCB contribuirão para a desdogmatização e para o arejamento do
pensamento da esquerda brasileira, quase toda ela realizando
congressos ainda neste ano.
Apareceu
na TV um partido renovado, firme em seus compromissos com o
socialismo, pluralista internamente e preparado para conviver com uma
sociedade cada vez mais plural, radicalmente comprometido com a
democracia como via e com fim, sem dogmas e sem sectarismos,
contemporâneo do fervilhar de idéias do nosso século.
Rompendo
com a visão de que a construção do socialismo só é possível nos
estertores do capitalismo, propõe uma via processual de caráter
revolucionário, capaz de plasmar o futuro no presente , gerando
zonas de rupturas possíveis, o que demarca campo, tanto com o
revolucionarismo postergante quanto com o reformismo evolucionista.
Afirmando
a supremacia da sociedade civil sobre o Estado, aponta a necessidade
da construção da hegemonia no interior daquela para amparar a
conquista e a manutenção do poder político democrático.
“Reconhecendo
o caráter histórico da contribuição de Lênin, liberta-se do
“marxismo oficial”, dito marxismo – leninismo, adotando o
referencial teórico marxista, enriquecido pelo pensamento
progressista contemporâneo.”
Apontando
a amplitude das tarefas e responsabilidades, bem como a profundidade
da crise brasileira, propõe a formação de um bloco democrático,
progressista e de esquerda, maior do que a frente de esquerda, para
constituir-se em base social e política para enfrentar o
neo-liberalismo e avançar a democracia e as transformações
econômico-sociais.
Libertando
criatura do criador, propõe que essa nova política, do socialismo
renovado, seja ponto de partida da elaboração de uma plataforma
política socialista, humanista e democrática, geradora de uma nova
formação política, capaz de intervir na realidade e tornar-se
alternativa de poder.
Este
é o PCB que apareceu na TV , ao mesmo tempo amadurecido e
contemporâneo. Via direta com o povo, pelas ondas da Embratel.
FAUSTO
MATTO GROSSO
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